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Diagnóstico organizacional

Você sabe como realizar um diagnóstico organizacional?

Semana passada estive em reunião com um cliente interessado no serviço de consultoria empresarial. Ele queria ajuda para a resolução de um problema específico que ele já havia diagnosticado.

Expliquei para ele que, por mais que acredite conhecer a origem do problema, o trabalho da consultoria começa com um diagnóstico. Não apenas para ter a certeza de que o problema por ele apontado é realmente um problema, como também para identificar as forças e fraquezas da organização que poderão ser exploradas ao longo do trabalho.

Tratamos cada empresa de forma particular, pois existem detalhes próprios, perfis de acionistas diferentes, grau de maturidade de gestão que são relevantes. Assim, precisamos avaliar o “dia a dia” da administração, financeiro, comercial, logística, etc.

Teoria sem visão pratica é só teoria!

O diagnóstico organizacional é a primeira etapa para um processo de consultoria. Seu objetivo é oferecer soluções para o desenvolvimento e aprimoramento da empresa até que ela tenha um alcance satisfatório em relação à melhoria dos resultados.

No entanto, não se trata de um simples instrumento para coletar informações da empresa.

Por meio do diagnóstico organizacional, é possível analisar fatores internos e externos da corporação. Assim, poderemos implantar as ferramentas adequadas para a resolução dos problemas identificados.

A partir do conhecimento adquirido ao término do diagnóstico será possível determinar os objetivos e metas que a organização pretende alcançar.

É bom destacar que o conhecimento em relação ao ambiente em determinada organização é o que vai ser levado em consideração na elaboração das ações estratégicas, bem como da intervenção a ser realizada no ambiente empresarial.

Como realizar um Diagnóstico Organizacional

Para realizar um diagnóstico organizacional é importante contar com uma empresa de consultoria empresarial, pois garante a isenção nos resultados da avaliação.

O diagnóstico precisa ser completo e gerar informações que vão suportar as ações de melhoria futura. Neste sentido, deve-se avaliar o ambiente, estudando e conhecendo o negócio: mercado de atuação, posicionamento e atividades que geram valor. Assim, será possível avaliar o grau de maturidade da governança corporativa, entender como é feito o uso das informações, analisar a situação econômico-financeira, conhecer os recursos humanos (perfil, capacitação e clima) e identificar oportunidades operacionais e diferenciais estratégicos.

Podemos destacar um dos métodos mais usados no diagnóstico empresarial, o da análise SWOT (S – Força, W – Fraqueza, O – Oportunidade, T – Ameaça), ou FOFA, em português. Ele analisa não só a situação interna como também faz análises externas.

Dentre outras ferramentas que são muito utilizadas, podemos destacar o diagnóstico da maturidade da governança organizacional, a do ambiente dos recursos humanos destacando as de clima e motivação, não esquecendo a pesquisa de satisfação dos clientes em relação aos serviços e produtos da empresa.

Um diagnóstico organizacional completo vai trazer um conjunto de informações que irão capturar oportunidades estratégicas. E também realçar valores que existem dentro da organização e que afetam o jeito como as pessoas se relacionam umas com as outras, bem como com a própria empresa.

Por isso, após o diagnóstico, é importante considerar o que as pessoas dizem e a forma como se relacionam, passando a ter mais foco na melhoria da organização e no seu desenvolvimento profissional. O diagnóstico é o primeiro passo para uma mudança de aprimoramento do sistema de gestão.

Por Frederico Jader Lima, diretor da EQG Consultoria.

Produtividade e otimização de recursos nas empresas

Você sabe como a produtividade auxilia a otimização de recursos nas empresas? O conceito de produtividade é bastante amplo e envolve uma série de variáveis que definem, ao longo de um período de tempo, o quanto se produz, sem prejuízo na qualidade. Isto se aplica tanto coletiva quanto individualmente.

Existem diversos meios de se aumentar a produtividade em empresas. Contar com o apoio de uma consultoria externa, investir em tecnologia e melhores condições de trabalho e, principalmente, no aperfeiçoamento constante dos colaboradores.

O desafio, portanto, é melhorar o que já se tem, para que o retorno líquido seja verificado de forma sistêmica.
Contudo, o desejo por aumentar a produtividade pode ser uma iniciativa tanto da organização, por intermédio de seus gestores, quanto do indivíduo.

Na organização, se crescer o faturamento com os mesmos recursos, significa que a capacidade de entrega individual cresceu e gerou maior produtividade, isso significa que os resultados serão melhores.

Individualmente, o maior rendimento deve se pautar na busca incessante por atingir patamares profissionais mais elevados.

O primeiro passo para quem quer ser mais produtivo é jamais se acomodar diante de qualquer cenário. Estabelecer metas desafiadoras e gerenciar o próprio tempo também é uma característica fundamental, mas não se deve perder de vista outros fatores, como a convivência desenvolvida com os colegas, a harmonia no ambiente e as reais motivações na jornada para o crescimento profissional.

Bônus

Em seu estilo tipicamente franco, Richard St. John nos lembra em seu TEDx que o sucesso não é uma via de mão única, mas uma jornada constante. Ele usa a história da ascensão e queda do seu negócio para ilustrar uma lição valiosa: quando nós paramos de tentar, nós fracassamos!

Por Frederico Jader Lima, diretor da EQG Consultoria.

Gestão da qualidade e o valor das empresas

Você já se perguntou qual a relação entre gestão da qualidade e o valor das empresas? Há alguns anos, fui contratado para realizar a consultoria de uma empresa de pequeno porte que havia recebido uma oferta de compra por parte de uma multinacional. Assim, ao perguntar sobre os processos de qualidade utilizados, ouvi de um dos gestores que esta não era uma preocupação deles, apenas de grandes empresas.

Ademais, por acharem algo dispendioso e difícil de implantar, muitos gestores de empresas de pequeno e médio porte deixam de lado o gerenciamento da qualidade dos produtos e serviços.

Porém, a gestão de qualidade pode funcionar bem em qualquer tipo de ambiente corporativo sem que isso represente uma despesa, pelo contrário.

Decerto, quando a qualidade é implantada e monitorada dentro de um modelo de gestão com indicadores e metas bem elaborados, ela afeta de forma positiva os resultados, melhorando as margens de lucro e, consequentemente, o valor das empresas.

Porém, cabe ao gestor oferecer condições favoráveis para o desenvolvimento do planejamento estratégico, definindo metas claras e objetivas contendo melhorias da qualidade e adotando métodos mensuráveis para indicar o progresso da empresa nos negócios.

Origem da gestão de qualidade

Gerenciar a qualidade é uma estratégia empresarial que favorece a empresa como um todo, desde os seus colaboradores até seus principais stakeholders. Assim, esse processo teve origem e grande repercussão no toyotismo, modelo japonês adotado pós-segunda guerra e onde a montadora Toyota foi precursora.

Porém, diferente do fordismo adotado pelos americanos, a mão de obra do sistema japonês não era extremamente segmentada como a de Henry Ford, e sim multifuncional, o que gerava flexibilidade para a produção japonesa, na época pequena e escassa de recursos.

Decerto, o modelo da Toyota aplicou gestão de qualidade e foco nos resultados dos processos, intensificando questões como valorização e capacitação profissional por meio do conhecimento.

A gestão de qualidade engloba uma série de conceitos e parâmetros que devem ser adotados por todos os colaboradores envolvidos direta e indiretamente na empresa. Porém, o principal fator de sucesso nem sempre é o dinheiro ou recursos.

Liderança e motivação são a chave para manter a equipe motivada e fazer com que todos pensem na empresa como um todo.

Exerça os princípios da qualidade na sua empresa. São eles:

  • Prevenção de problemas e não remediação;
  • Não negligenciar o processo de gestão da qualidade;
  • Processos e não pessoas são os frutos dos problemas;
  • Todas as empresas possuem fornecedores e clientes;
  • Cada colaborador é responsável pela qualidade da empresa;
  • Melhoria contínua para manutenção da qualidade;
  • Basear os objetivos em necessidade e transformá-los em metas de melhoria;
  • O padrão de qualidade é livre de defeitos;
  • Planejar e organizar para melhorar a qualidade e o valor da empresa;
  • O gestor deve liderar e estar envolvido continuamente em todos os processos.

O gerenciamento da qualidade precisa ser aprimorado e vivenciado constantemente por todos da empresa, sem exceção. Sua fundamentação é baseada no aprimoramento coletivo constante. Por isso, os líderes devem motivar suas equipes a viver, acreditar e empregar a missão e a visão da corporação da qual fazem parte.

Por Frederico Jader Lima, diretor da EQG Consultoria.

O desafio de promover mudanças nas organizações

Semana passada, conversando sobre o desafio de promover mudanças nas organizações com o diretor de uma empresa que contratou meus serviços de consultoria, ouvi uma frase muito comum em minha trajetória profissional:

“Mas lá na empresa sempre foi assim. É praticamente impossível mudar!”

Costumo dizer que as empresas são como as pessoas, cada uma com um jeito de ser, pensar e agir. Só que, assim como as experiências de vida alteram nossa maneira de enxergar e se relacionar com o mundo, o mesmo deve acontecer com as organizações.

A grande questão é que, com o passar dos anos, muitas empresas acabam por não fazer este constante exercício de aperfeiçoamento. E, quando recebem da consultoria o diagnóstico das mudanças que devem ser implantadas, acabam as recebendo com desconfiança.

Para os gestores que buscam uma atuação de alta performance, é imprescindível adotar uma estratégia clara no momento de concretizar qualquer tipo de modificação nas rotinas de uma empresa, seja a troca de colaboradores ou novos procedimentos.

Como diz a sociologia, o ser humano é sedentário por natureza, e sua tendência será, via de regra, permanecer onde está.

Trata-se, na maioria dos casos, de gerenciar comportamentos, atitudes e pensamentos, que condicionam a postura que as pessoas adotam. É inevitável, num primeiro momento, haver dúvidas quanto aos novos rumos a tomar, portanto, deve sempre ser reforçada a comunicação.

A comunicação insuficiente pode ter efeitos devastadores em empresas de todos os níveis. Não se deve contar com a compreensão das pessoas sem que antes haja a prévia divulgação de tudo que está sendo realizado.

Como as mudanças podem fazer as empresas avançarem

O dinamismo do mercado impõe às empresas um contínuo acompanhamento de suas atividades, que regularmente devem se ajustar a diferentes cenários.

Os líderes devem ter muita atenção a isso, pois a concretização das mudanças depende de clara compreensão de cada um dos envolvidos, superar resistências individuais ou em grupo, controlar as expectativas, gerar engajamento e comprometimento, para só então passar à prática.

Afinal, mediante o desafio de promover mudanças nas organizações, pessoas devem ser o diferencial, não um problema. De nada resolverá mudar um processo ou promover mudanças em empresas se o principal motor não estiver devidamente ajustado, que é o ser humano.

Os resultados só se materializarão a partir do momento em que todos, de fato, estiverem remando para o mesmo lado, conscientes cada um do papel a desempenhar.

Por Frederico Jader Lima, diretor da EQG Consultoria Empresarial.