Evolução das empresas familiares
Confira a importância da evolução das empresas familiares. Inegavelmente, é essencial a contratação e preparação de executivos para os desafios futuros, principalmente quando a empresa é familiar. Assim, é comum ouvirmos histórias de empresários que construíram organizações promissoras a partir do nada. Com muita garra e entusiasmo, iniciaram um ciclo de prosperidade exemplar. Porém, quando o fundador falece, a empresa se torna vulnerável, pois a família não se envolvia com os negócios. Ou seja, o segundo escalão de executivos não estava preparado para a continuidade. O que se sucede a partir daí é absolutamente imprevisível. Um estudo realizado em Pernambuco, com o apoio do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), revela a dimensão dessa negligência. A pesquisa mostra que apenas 20% das empresas analisadas tratam o assunto sucessão na gestão de forma estruturada. Por conta disso, chegamos à conclusão de que o mundo dos negócios e das famílias empresárias seria mais bem-sucedido se os fundadores colocassem na perpetuação das empresas o mesmo empenho que desprendem para sua fundação. Isto é, algo essencial aos interesses e ao comportamento de todo empreendedor e organização.

Perpetuação da empresa

É evidente que depois de décadas de sucesso, uma empresa não pode mais recuar. Pois centenas, às vezes milhares de famílias dependem diretamente dela e esperam que continue inovando, crescendo e se reinventando. Assim, “a perpetuação de uma empresa sob a ótica de seu fundador pode ser vista como um momento de compartilhamento. Ou seja, ele muda seu papel na empresa gradativamente, ao longo de cinco, dez ou mais anos. Isto é, se no início foi um empreendedor exemplar, agora ele deverá se tornar um líder na arte de ensinar. Por um período será professor e aluno de si mesmo”, explica o diretor da EQG Consultoria, Frederico Jader Lima. Com esse novo papel, o fundador “lança” uma nova organização, cujo objetivo é formar os alunos para uma realidade ainda mais próspera do que aquela vivida em seus dias de empreendedor. Assim, espera-se que a nova geração seja tão inovadora quanto a anterior, parte dela formada por parentes ou descendentes do fundador. Para que aconteça a evolução das empresas familiares, cabe ao “professor” identificar os melhores, capacitá-los e, juntos, reinventar a empresa em uma nova perspectiva: a da perpetuação do negócio.